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Ágora Tech Park

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18 de março de 2022

Por que devemos conectar o ambiente universitário aos centros de inovação?

Foto: Divulgação | UFSC

 

Universidades precisam adotar um formato empreendedor que incorpore e transcenda suas missões tradicionais de educação e pesquisa.

 

O ambiente acadêmico reúne o conhecimento e a experiência dos professores ao dinamismo, energia e inovação dos alunos. Sem dúvidas, o resultado disso tudo é a criação de boas ideias. Mas, onde aplicar todas essas ideias?

Muitas vezes o ambiente da universidade não é suficiente para que os novos projetos sejam de fato testados e validados e é principalmente aí que entra a importância da integração do ambiente acadêmico aos centros de inovações.

O Ágora Tech Park é um centro de inovação que está presente dentro do Perini Business Park, que por sua vez é um condomínio empresarial, multissetorial, industrial, considerado o maior da América Latina. Com três anos de existência, o Ágora Tech Park consolidou-se como a grande arena para o movimento de inovação em Joinville, sediando muitos dos principais atores e a maior parte dos eventos do ecossistema.

Entre os atores que o Ágora Tech Park reúne estão as universidades e uma das prioridades do centro de inovação é o fortalecimento da conexão com o mundo acadêmico.

Universidade Federal de Santa Catarina está no DNA do Ágora Tech Park

 

A Universidade Federal de Santa Catarina, por exemplo, é uma das instituições fundadoras do Ágora Tech Park. O Campus Joinville da UFSC está localizado dentro do centro de inovação e conta com 38 laboratórios, que atendem os 1,8 mil alunos, que frequentam os 8 cursos de graduação e mestrado que são oferecidos pela instituição.

Segundo o professor doutor Modesto Hurtado Ferrer, Coordenador do Curso de Engenharia Automotiva da UFSC, o Ágora se constitui como um espaço ideal para inovação, socialização de ideias e transferência tecnológica.

“Sua infraestrutura disponibiliza espaços compartilhados e abertos que permitem a aproximação dos nossos estudantes e professores universitários com startups e entidades de empreendedorismo, além de possibilitar a participação em diferentes eventos, organizados no ecossistema de inovação local, que se constituem oportunidade para atualização, possibilitando o acesso a novos conhecimentos, práticas, experiências, que são fundamentais para o processo de criatividade e inovação”, destaca Modesto.

Além disso, a integração dos universitários ao ambiente de inovação favorece uma série de diferenciais para a vida profissional. Diego Santos Greff, diretor geral do Campus da UFSC, cita que entre esses benefícios estão o “contato com agentes do ecossistema de inovação; o conhecimento de ferramentas e metodologias voltadas ao ambiente de inovação tecnológica; e o networking para futuras oportunidades de parcerias, negócios ou clientes”, enumera Diego.

Meta é firmar mais parcerias com universidades da região

 

Um dos objetivos do Ágora Tech Park é formalizar mais parcerias com outras entidades de ensino, como as que já foram feitas com instituições como a Univille/Inovaparq, a UDESC e a Católica.

Segundo Maurício Henning, diretor de inovação da Universidade Católica, ambientes de inovação, como o Ágora Tech Park, são importantes para os processos criativos e são onde projetos e ideias podem ser levados adiante.

“O contato dos acadêmicos com o Ágora é de extrema importância para o desenvolvimento profissional, pois os alunos podem colocar em prática o que aprendem em sala de aula nas empresas que lá residem”, destaca Maurício.

Para Marcelo Leandro de Borba, diretor executivo do Inovaparq e professor da Univille, a conexão entre os atores de um ecossistema de inovação é uma ação necessária e gera benefícios para todos os envolvidos, inclusive e principalmente, para a sociedade catarinense.

“O fortalecimento das conexões dos atores do ecossistema de inovação deriva para ganhos importantes, incluindo para os universitários, que poderão por intermédio de um ambiente como o Ágora ter acesso a empreendimentos e empreendedores que poderão servir de inspiração para futuros profissionais em suas diversas áreas”, enfatiza Marcelo.

Projetos que favorecem a integração ao ambiente acadêmico

 

Há diversos projetos dentro do Ágora Tech Park que favorecem essa aproximação com o ambiente acadêmico. Um exemplo é a Liga.Ágora que surgiu com o objetivo de aproximar cada vez mais o centro de inovação das universidades. O projeto visa a criação de um time de universitários do Ágora, que sejam influentes dentro da academia para facilitar e promover essa interação entre o centro de inovação e a universidade.

Já o Ágora.Case Academia e Mercado é um evento promovido pelo Ágora em parceria com a Softville e universidades joinvilenses, a fim de apresentar os cases dos docentes que estão impactando cada vez mais grandes corporates do ecossistema.

Por sua vez, o Ágora.Connect é um programa de P&D aberto, que conecta grandes empresas e universidades num só ambiente, unindo quem precisa inovar a quem sabe fazer inovação.

Ágora Experts: experiência imersiva para professores terá sua primeira edição em março

 

O Ágora Experts é um programa de capacitação prática de professores sobre a metodologia de inovação de startups. O evento está sendo realizado pelo Ágora Tech Park em parceria com a Softville e terá sua primeira edição entre os dias 17 a 24 de março.

Segundo o coordenador do Ágora, Ricardo Fantinelli, como um dos principais desafios do ecossistema de inovação é integrar mais as universidades e aproximar suas capacidades científicas, professores e alunos do mercado, é necessário despertar a curiosidade e também capacitar, instigar os professores sobre empreendedorismo, tecnologia e inovação.

“O projeto Ágora Experts tem uma ideia muito simples: oferecer uma experiência imersiva para os professores neste universo de inovação e empreendedorismo; provocá-los num bom sentido a experimentarem a vivência de startups e do mundo da inovação; demonstrar na prática essas alternativas e oportunidades que fazer parte do ecossistema pode proporcionar; plantar uma semente e inspirá-los a disseminar essas ideias como oportunidade dentro da academia; e explorar novas formas de fazer, novos caminhos a seguir”, explica Ricardo.

Durante os sete dias do evento, os professores irão ser divididos em grupos e, através da aplicação prática da metodologia, irão propor uma solução para um problema do seu dia a dia.

O evento promete ser bastante agitado, conta com dinâmicas integrativas e propiciará a experiência prática de como uma startup funciona. No evento final, no dia 24, todas as equipes farão um pitch de 4 minutos para uma banca de jurados empreendedores e a melhor irá receber uma premiação. Nesta primeira edição, as universidades confirmadas são Católica, Udesc, UFSC e Univille.

Nanobiocell: exemplo de startup de sucesso

 

A Nanobiocell é um exemplo de startup que foi criada por um grupo de professores e que saiu como vencedora da última edição da Jornada de Empreendedorismo e Inovação (JEDI), que foi promovida pelo Join.valle.

A startup é a prova da capacidade da integração do ambiente acadêmico à inovação. A Nanobiocell venceu o JEDI com o desenvolvimento de um trabalho inovador no manuseio de celulose para a produção das películas que envolvem as cápsulas de remédios brasileiros.

A bacharel em Química Industrial e doutora em Ciência e Engenharia de Materiais, Katiusca Wessler Miranda, atuou como professora por 15 anos. Ela conta que a Nanobiocell foi criada por ela e por mais dois professores do curso de Engenharia Química: Janaína Lisi Leite Howarth e Salvelino Aparecido Nunes.

Segundo Katiusca, a experiência foi um grande aprendizado para os três.

“Com certeza o fato de fazer pesquisa há algum tempo pode ter nos favorecido no JEDI, mas nós precisamos quebrar muitas barreiras. Não pensávamos como empreendedores. O JEDI mudou a forma como pensávamos, nos exigiu muito. Lembro da adrenalina durante o evento e a sensação de que estava começando de novo”, conta Katiusca.

Por ser um ambiente inovador, o Ágora reúne pessoas com propósitos semelhantes: gerar riquezas, contribuir com a sociedade, fazer o ecossistema joinvillense mais forte e movimentar a economia. Kaitusca explica que foi nesse ambiente que a Nanobiocell encontrou auxílio para tirar a pesquisa acadêmica do papel e transformá-la em um negócio.

A Nanobiocell é uma startup de hard science que quer atuar na produção e comercialização de IFAs (insumos farmacêuticos ativos). O objetivo da Nanobiocell é atender a indústria farmacêutica com produtos de excelente qualidade, de forma rápida e com preço competitivo.

Atualmente, a startup está pré-incubada no programa Nascer da Fapesc.

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